sábado, 28 de fevereiro de 2015

Mudança na desoneração da folha de pagamento piora a competitividade, avalia CNI.

A mudança no sistema de desoneração da folha de pagamento agrava as dificuldades da indústria, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em nota, a entidade afirma que recebeu com "extrema preocupação" essa alteração. "Para um setor que vem perdendo a competitividade é mais uma medida de impacto expressivo sobre sua capacidade de enfrentar os desafios da competitividade global", argumenta a confederação.

A CNI afirma reconhecer a importância do ajuste fiscal, mas aponta que a revisão das alíquotas da desoneração é um retrocesso para a competitividade de muitos setores, em um cenário de forte concorrência internacional. "Tal medida gerará forte impacto para a indústria e para a economia nacional, com consequências inclusive para a manutenção de empregos", aponta a entidade.

A confederação avalia, ainda, que os problemas que afetam a competitividade da indústria têm se agravado ao longo dos anos, o que reflete na perda de participação industrial no Produto Interno Bruto (PIB). A CNI alerta que custo unitário do trabalho no Brasil "cresceu nos últimos dez anos de forma expressiva, acima de países com quem concorremos diretamente". A esse custo, adverte a entidade, "acrescenta-se o peso elevado dos encargos que superam o dos nossos competidores".

Para a CNI, o ajuste fiscal é necessário, mas precisa vir acompanhado de uma agenda que promova a competitividade e melhore o ambiente de negócios. O governo publicou a Medida Provisória 669 no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 27, estabelecendo que, a partir de junho, as empresas que recolhem 2% do faturamento para a Previdência passem a arcar com 4,5%. Já aquelas que pagam 1% terão de recolher 2,5%.
Fonte:Diario Pernanbuco

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Varejo exige normas técnicas dos fabricantes.

O varejo está alerta e trabalhando para tornar o setor de material de construção cada vez mais normatizado. A Anamaco tem como uma de suas principais bandeiras apoiar a venda de produtos dentro de norma, de acordo com as regras estabelecidas pelo PBQP-H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat, do Ministério das Cidades.

Algumas lojas, com o objetivo de oferecer aos seus clientes apenas produtos de qualidade, têm enviado comunicados aos seus parceiros comerciais alertando sobre a gravidade de se oferecer produtos fora de norma e solicitando que os produtos aprovados pelo PBQP-H e pelo INMETRO sejam identificados claramente e com veracidade, pois o varejo é responsável por aquilo que vende. Uma dica para escolher o fornecedor é verificar a etiqueta do fabricante.

O comércio tem recebido visitas sem aviso prévio do DPPC (Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania), que apreende produtos que não atendem ao dispositivo do CDC – Código de Defesa do Consumidor. Neste procedimento, a polícia instaura inquérito para investigação de crime contra a relação de consumo. São avaliados produtos expostos e também estoques. A regra vale para lojas de todos os tamanhos.

“Temos feito um esforço grande para exigir produtos dentro de norma. O varejo está trabalhando para que produtos sem qualidade fiquem definitivamente de fora de nossas prateleiras”, afirma Cláudio Conz, presidente da Anamaco. “Não devemos esperar a fiscalização bater a sua porta, afinal, isso é uma questão de respeito ao consumidor, além de promover uma concorrência mais leal no setor”.

Neste cenário, tem destaque o trabalho feito para a normatização das esquadrias de alumínio. Liderado pela AFEAL – Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadrias de Alumínio, o programa luta pelo fim da não conformidade. “É importante este papel que o varejo desempenha de cobrar do fornecedor produtos dentro de norma. Com toda a cadeia envolvida – consumidor, lojas e fabricantes -, teremos mais valor agregado e produtos que realmente cumprem seu desempenho. Aí, todo mundo ganha”, diz Edson Fernandes, gerente nacional do PSQ – Programa Setorial de Qualidade de Esquadrias de Alumínio. “Orientamos os fabricantes neste sentido e oferecemos a eles toda a orientação e apoio necessários para atender às normas técnicas”, finaliza.
Fonte:obra24horas